Roubam uma flor
Do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
Pisam as flores,
Matam nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a luz, e,
Conhecendo o nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta.
E já não dizemos nada."
(Eduardo Alves da Costa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário