quinta-feira, 14 de julho de 2011


"Na primeira noite eles se aproximaram,
Roubam uma flor
Do nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem:
Pisam as flores,
Matam nosso cão,
E não dizemos nada.

Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a luz, e,
Conhecendo o nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta.
 E já não dizemos nada."
(Eduardo Alves da Costa)

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